Chimarrão do doce ao amargo

08-11-2013 14:44

Do doce ao amargo, a erva mate já pesa no bolso do itaquiense, mas a queda na venda do produto não foi detectada nos supermercados da cidade.

O tradicional hábito gaúcho, o chimarrão, está cada dia mais caro e ainda pode elevar um pouco mais. Nos últimos meses o quilo da erva-mate já subiu 70% e causa preocupação aos consumidores que se questionam, será que vamos ter que para com o chimarrão?

O gostinho amargo do chimarrão já está pesando no bolso dos gaúchos, muitos relatam que não percebem o aumento, mas a grande maioria já cogita a hipótese de diminuir o consumo do "mate" e também o tamanho da cuia, assim não será gasto muita erva.

De acordo com ervateiras como Seiva Pura, Colonial, Rei Verde o aumento repassado ao consumidor se dá exclusivamente a um fenômeno simples: a área total plantada de erva mate reduziu-se aproximadamente 10 mil hectares nos últimos anos no Rio Grande do Sul. Enquanto isso, as exportações cresceram: a erva-mate brasileira é exportada para 30 países.

Com a diminuição brusca na plantação da cultura, o risco da falta do produto para o chimarrão na prateleira dos supermercados pode ocorrer mais cedo do que imaginávamos.

Em Itaqui, o preço da erva mate circula entre R$ 9,00 a R$ 16,00 reais o quilo conforme a marca nas redes de supermercados. Segundo os estabelecimentos, não foi detectado a queda na venda do produto, o impacto não foi grande. Dentre os tipos de erva, a mais consumida entre os itaquienses é a suave. "Em nosso supermercado a venda continuou a mesma, os gaúchos economizam em outros itens, mas não deixam de comprar a erva-mate, o fluxo é o mesmo desde o início do aumento dos preços", relataram.

O questionamento dos gaúchos é uma só, quando se deparam com o valor nas prateleiras, será que amanhã vamos conseguir comprar? Na busca pelo menor preço, a dona de casa Maria do Carmo, 53 anos, se surpreendeu ao ver que a erva comprada no final do mês passado subiu de R$ 10 para R$ 13.

Este ano, a safra da erva-mate está chegando ao fim. Nas indústrias, os estoques estão baixos. A previsão é de que o produto comece a faltar nas prateleiras dos supermercados a partir de novembro. "Nós temos fornecedores que não nós mandam todo o pedido, porque já está faltando a erva nos estoques", conclui a gerência de uma rede de supermercado da cidade.

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