Homem acusado de abusar de crianças é morto no bairro Ponte Seca

16-11-2012 11:01

 

Na manhã de sexta-feira, 09, foi encontrado por familiares o corpo do ancião Názaro Fernandes, de 88 anos, que estava caído no chão da volante em que morava sozinho, no final da rua Osvaldo Aranha no bairro Ponte Seca. Pelo cenário do crime o homem viveu seu último momento de terror, que deixou marcas de sangue na cama e parede. Devido a sua fragilidade física, não resistiu às agressões provocadas possivelmente por pauladas que deixaram sinais pelo corpo seminu, apenas de cueca por autores que em princípio fizeram vingança pelas próprias mãos depois de saberem que o homem,havia abusado de crianças do bairro.Inclusive, há anos atrás foi  condenado e preso por estupro de uma menor que teve um filho seu.
Uma das sobrinhas ao chegar na casa constatou o arrombamento da porta e logo a seguir se deparou com o quadro deplorável.Providenciou em chamar a Brigada Militar e a Polícia Civil.  A cena do crime foi preservada pelos PMs e policias da Dp até a chegada do Instituo Geral de Perícias. No final da tarde de sexta-feira, o trabalho dos peritos e papiloscopista foi concluído e o corpo foi trasladado até Uruguaiana onde foi necropsiado. Na volante foi constatada a falta de alguns aparelhos eletrônicos como televisor e outros pertences do ancião. Até a segunda-feira, 12, a polícia que ouviu os depoimentos de várias pessoas, já havia elucidado o caso e deverá se manifestar oportunamente.
Relatos e denúncias de abusos com crianças
 
A tia de uma menina de cinco anos resolveu denunciar o ancião ao descobrir no início da semana passada que ele havia cometido estupro. Acompanhe seu relato:
“Esta denúncia foi através de minha sobrinha que contava para minha filha e esta me repassava. Na segunda-feira, uma amiga minha havia flagrado a criança saindo com as calchinhas arriadas e ele logo atrás. Ma já vinha acontecendo há tempos. Daí foi feito laudo na menina que constatou. Muita gente me pergunta, porque sabe que eu era vizinha dele (o porquê fizeram isso), mas não  pensem  que ele era um coitado. A vó e a mãe (das crianças) eram coniventes  por um prato de comida um pacote de fumo, um pedaço de carne elas vendiam as crianças. Ele mora há 18 anos do meu lado, mas nunca pensei que era assim, mas me enganei feio. Ele alcançava bolachinhas, erva... e ela mandava as crianças para lá (casa dele), ele dava bala, refrigerante, pagava água e luz pra elas em troca das crianças que eram uma moeda de troca. Pela dor que a minha sobrinha sentiu, estou numa alegria imensa (pela morte dele). Este senhor teve outras práticas anteriores, teve filho com uma menina que de vergonha foi embora de Itaqui. 
Outra senhora, que não é moradora do bairro, ficou sabendo que o homem também seviciava seu filho de 11 anos em troca de dinheiro e guloseimas. “Foi um choque pra mim porque eu não admito isso aí, e com menino e claro nem com essas crianças. Levei meu filho no psicólogo, depois  tenho que fazer exame nele. Foi na terça feira que ele abusou de meu filho, já vinha acariciando e eu de nada sabia, pois ele ficava na casa da avó. E ele induzia as crianças com bolachinha, com R$1, 00, R$ 2,00 e comprava as crianças. Agora vou até o fim e estou feliz também por este acontecido. Sei que justiça não se faz  pelas próprias mãos, entrego nas mãos de Deus e confio na justiça. Assim como o meu filho podia ser outros do bairro.   Quando estava no psicólogo, ao saber pela rádio Cruzeiro da notícia da morte dele fiquei feliz porque ele não tinha pena de fazer isso com as crianças, com tanta mulher por aí”.   
Outro rapaz vizinho de Názaro, Marion, foi um dos que prestou depoimento na delegacia no dia seguinte ao crime. Enquanto assistia a remoção do corpo da volante se disse indignado: “Pra mim foi graças a Deus que esse velho se foi, é um a menos na terra. As crianças tinham a confiança nele que dava balinha. No mês inteiro sempre teve bala, bolachinha refrigerante na casa dele e sempre convidava as crianças para ir lá. Inclusive eu e meu amigo um dia fomos sentar na sombra no muro da sua casa e ele nos correu de lá dizendo que não gostava de gente em volta da casa dele e que gostava de ficar sozinho. Pra não ter problema de alguém descobrir, mas felizmente alguém descobriu.”

 

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