Polícia Civil prende dupla que matou ancião

24-11-2012 16:14

A equipe de investigação da Polícia Civil no mesmo dia já havia desvendado a autoria do crime. Após os trâmites legais na quarta-feira, 21, efetuou a prisão dos dois envolvidos na morte de Názaro Fernandes, de 88 anos, ocorrida no dia 09 de novembro. Leandro Pinto Messa, conhecido por Nananga, e Marion Lopes Espindola, alegaram na DP que o motivo da pratica do crime foi o possível abuso sexual de uma criança por parte da vítima.

De acordo com o relato durante a oitiva no dia seguinte ao crime os dois confessaram a autoria e detalharam a ação. Contaram que durante a noite, se reuniram para beber e sob efeito de álcool e entorpecente, por volta das 3horas, resolveram ir até a casa do idoso com a intenção de dar-lhe uma lição pelos supostos crimes em investigação que ele estaria cometendo, mas que não tinham a intenção de matá-lo, só agredi-lo.

Ao entrarem na casa, partiram para cima de Názaro a socos, pontapés e pauladas. Acuado para se defender Názaro pegou uma foice e chegou a cortar um deles, porém conseguiram tomar-lhe, e então utilizaram a própria ferramenta para matá-lo, considerado pela autoridade policial com requintes de tortura. Antes de deixar o local levaram um aparelho de televisão e um ventilador, que foram encontrados pelos policiais nos fundos do pátio da casa de um dos acusados.

O delegado Guilherme Antunes deverá indiciá-los por homicídio qualificado pela tortura, motivo fútil e pela forma de execução sem chance de reação da vítima. E por furto, após a execução do homicídio. Pois segundo narraram os dois, levaram os objetos para causar um prejuízo maior a vítima pois quando deixaram a residência, disseram que Názaro encontrava-se com vida.

Sobre o fato de Marion retornar ao local do crime e assistir a saída do corpo (conforme noticiado na edição anterior do Folha de Itaqui), após o trabalho da perícia, no final da tarde sexta-feira, 09, o delegado analisa: "conforme relatos nos autos eles acharam que tinham feito um bem enorme a sociedade, em razão do crime a que estava sendo imputado a Názaro. Claro que esse tipo de crime, de violência sexual contra criança causa maior indignação. E isso pode ter motivado voltar ao local e posar numa espécie de herói da ação na presença da vizinhança que estava indignada com a situação que ocorrera. Não deveriam ter praticado o crime pois estava bem encaminhado com a prisão pronta para essa pessoa voltar ao cárcere como já havia sido preso por crime semelhante. O delegado deverá indiciar a mãe e a avó da criança, por conivência.

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